quinta-feira, 20 de maio de 2010

DIRETOR DO SAAE É ACUSADO DE ASSÉDIO MORAL

Josafá nega as acusações e diz que hoje as condições de trabalho no órgão que dirige agradam à maioria dos empregados


Corre na justiça um processo movido por cinco servidores do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) contra o diretor da autarquia, Josafá Lopes Bezerra e o chefe imediato do órgão, Marcial Bueno, por assédio moral. Na denúncia, consta os empregados estariam recebendo tratamento indigno por não terem alcançado metas estabelecidas pela direção.

Desde então, a leiturista Lucinéia Martins, uma das vítimas, estaria sendo tratada com desrespeito, tendo inclusive que fazer tratamento psicológico para superar o problema. Frases do tipo “cabeças vão rolar” e “voce está na minha lista negra”, entre outras insinuações estariam sendo dirigidas diariamente a esses servidores. A denúncia foi feita inicialmente no Ministério do Trabalho e Emprego e, segundo os autores, o clima dentro do órgão está muito “pesado” e a situação estaria ficando insustentável.

O motivo da perseguição teria sido o atraso na entrega dos carnês de conta de água, no fim do ano passado. Segundo a leiturista, a tarefa era impossível de ser realizada no prazo exigido, tanto que para completá-la, obrigou-se a trabalhar até no domingo. Para piorar, ela teria se negado a assinar um termo de desistência do pagamento de um benefício de 100 reais, oferecido pelo SAAE depois de um acordo coletivo com o Sindur.

Os servidores contam que há vários processos administrativos e judiciais acontecendo contra eles por iniciativa do SAAE. Segundo os empregados há muitos colegas descontentes com o tratamento dispensado pela direção da autarquia, mas eles não tem coragem de denunciar.
Há casos, segundo a deúncia, que Servidores universitários não conseguem dispensa para realizar seus trabalhos de estágio, exigidos pela Lei da Educação.

JOSAFÁ REBATE ACUSAÇÕES E DIZ QUE TRATA EMPREGADOS COM RESPEITO

O dirigente do Saae desmente todas as acusações e diz que a suposta insatisfação dos subordinados está ligada a um único motivo: a mudança do horário de trabalho deles. Josafá revelou que, a pedido dos próprios servidores, implantou o sistema de horário corrido em fevereiro do ano passado. Para fazer a alteração, no entanto, teria feito um acordocom a categoria, garantindo bom atendimento e alcance das metas estabelecidas.

“Acontece que, neste período, começaram a se tornar frequentes as queixas quanto à entrega das faturas. Os usuários não recebiam os talões ou alguns iam parar no endereço errado”, garante Bezerra. O diretor do SAAE diz também que era comum os funcionários deixarem o órgão sem dar satisfações a ninguém. “Foi aí que decidi implantar um sistema de organização, para que cada um justificasse a ausência. A partir de então, alguns que não se adaptaram à nova forma de trabalho, começaram a se rebelar”, revela.

Josafá diz que hoje as condições de trabalho no órgão que dirige agrada à maioria dos empregados. “Eu pessoalmente atuei para que os salários fossem reajustados. Agora, o que não vou aceitar é que se comportem no serviço público como se não devessem satisfação a ninguém. Aqui, lidamos com dinheiro público e temos que respeitar o patrimônios que é de todos nós”. O dirigente garante, porém, que mesmo agindo com austeridade, jamais foi agressivo ou desrespeitou qualquer subalterno.

Para provar que a maioria de seus comandados não tem a mesma opinião dos colegas que o denunciaram, Josafá convidou dois deles para dar declarações ao site quanto as condições de trabalho no local. “Hoje, além de participarmos de cursos de capacitação, também dispomos de equipamentos de proteção melhores e estamos recebendo veículos e máquinas que tornarão mais eficiente o nosso trabalho”, revelaram.

Fonte: folhadosulonline.com.br

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