Servidores denunciam assédio moral e ambulâncias sucateados no
serviço.
Fundação Hospitalar nega problemas e destaca melhorias no sistema.
Fundação Hospitalar nega problemas e destaca melhorias no sistema.
O Ministério Público do Estado do Piauí cobra
explicações da Fundação Hospitalar de Teresina sobre os problemas no Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Servidores e usuários do sistema
reclamam do serviço prestado à população.
O aposentado Osvaldo Pereira denunciou que solicitou uma ambulância do Samu
por telefone, mas o veículo não atendeu a sua ocorrência. “Uma senhora passou
mal, chegou a cair no chão e quando pedimos uma ambulância, os profissionais do
Samu disseram que não poderiam enviar. Afirmaram que uma motocicleta seria
enviada, mas esta unidade também não chegou, e para que o pior não acontecesse
tivemos que conseguir um carro particular para levar a dona de casa até um
hospital", disse Osvaldo.
Segundo o líder comunitário Francisco das Chagas Santos, a população sempre
reclama da demora e da ausência de atendimento. “Tive um problema cardíaco e
precisei do serviço, mas se recusaram a enviar uma ambulância e quiseram fazer o
atendimento por telefone. É um descaso o que acontece com o Samu”, reclama
Francisco.
Diante de tanta insatisfação, o promotor de justiça Fernando Santos disse que
o Ministério Público vai cobrar relatórios sobre a situação das ambulâncias,
além de investigar denúncias de assédio moral.
“Servidores denunciaram que estão sofrendo assédio moral por parte da
diretoria, com duplicação de jornada de trabalho e que as ambulâncias do serviço
estariam sucateadas”, informou o promotor.
Ainda de acordo com Fernando Santos, todas as denúncias serão investigadas.
“Apesar dos funcionários terem enviado fotos mostrando a situação dos veículos,
vamos pedir à direção do Samu um relatório demonstrando toda a situação do
órgão”, afirma Fernando Santos.
Em nota, a assessoria de imprensa da Fundação Hospitalar informou que estão
sendo realizadas manutenções no sistema e que Teresina ganhará dois novos
veículos até o final do ano. Com relação ao atendimento por telefone, a
assessoria disse que há um médico que avalia a necessidade de enviar uma
ambulância ao local.
Já sobre as denúncias de assédio moral, a assessoria explicou que a nova
gestão fez mudanças, o que teria desagradado alguns funcionários e acrescentou
que não existe nenhum tipo de constrangimento.
Fonte: O Globo
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