quinta-feira, 20 de maio de 2010

Veja como escapar do assédio moral



Mobbing e bullying no trabalho são sinônimos de agressão frequente


Por Maria Carolina Nomura, IG São Paulo

Expressão conhecida no meio escolar, o bullying também pode ser praticado no ambiente de trabalho. Assim como na escola, esse tipo de assédio é muito comum.

Contudo, quando essa agressão constante acontece no ambiente corporativo, a denominação mais utilizada é mobbing.

Segundo Liliana Guimarães, especialista em Saúde Mental do Trabalhador, pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, Setor de Psiquiatria do Trabalho, no Brasil esse tipo de violência psicológica é mais conhecida como assédio moral.

Violência - “Mobbing, assédio moral e assédio psicológico, no Brasil, se referem ao mesmo fenômeno: ocorre no ambiente de trabalho, sendo uma forma de violência, sobretudo psicológica. Existe mobbing quando um ou vários dos 45 comportamentos hostis descritos no Leymann Inventory of Psychological Terrorization (Lipt) se repetem pelo menos uma vez por semana ou durante um tempo mínimo de seis meses”, explica.

Já o bullying, complementa a médica, em boa parte do mundo e no Brasil, é utilizado para designar a violência física e/ou psicológica que ocorre no ambiente escolar, entre adolescentes.

Demissão - Liliana ensina que o mobbing tem o objetivo de destruir a rede de comunicações da vítima, sua reputação, seu exercício profissional e fazer com que essa pessoa seja demitida. A violência pode vir do chefe, dos pares e até dos subordinados.

“Existem quatro fases pelas quais passa a pessoa acometida pelo mobbing: a de conflito - em que a pessoa não sabe se é ou não culpada do que ouve e se merece a ofensa; a de perseguição sistemática; a de intervenção dos superiores e da empresa e a fase de marginalização ou de abandono do trabalho”, explica.

Dessa forma, antes de cair na teia da aranha, o profissional pode tomar algumas medidas para resistir ao assédio. Liliana aponta algumas delas descritas pela médica Margarida Barreto, uma das autoras do site Assédio Moral.

Dicas - Confira:

1. Tenha paciência
2. Não ceda ao desanimo e a depressão
3. Não tema uma possível demissão
4. Não pense que é o único
5. Organize-se para resistir
6. Recolha documentação sobre as humilhações sofridas (colegas para testemunhar, e-mails ofensivos, monte um diário)
7. Procure aliados
8. Denuncie o mobbing
9. Inscreva-se em uma associação contra o mobbing
10. Procure as vias legais

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